Os progressos de Angola no combate ao VIH-SIDA foram destacados, na quarta-feira (02 de Outubro), em Luanda, pela directora Regional das Nações Unidas, Anne Githuku, durante um encontro com o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional, Américo Cuononoca.

A responsável felicitou o país pela celebração dos 50 anos de independência e congratulou a liderança parlamentar pelo reforço da legislação e da resposta nacional à epidemia.

Anne Githuku Shongwe reconheceu, igualmente, a importância da Lei do VIH como instrumento de protecção das pessoas infectadas e de prevenção da propagação do vírus.

“A forma de lidar com as cerca de 370 mil pessoas que vivem com o VIH passa, em primeiro lugar, pela aplicação da lei, para proteger e prevenir novas infecções”, explicou, chamando a atenção para o impacto da doença entre adolescentes.

Por outro lado, lembrou a existência de novas opções terapêuticas e preventivas como a nova vacina “Lenacapavir”, composta por duas injecções anuais, que pode prevenir a infecção do vírus.
Apesar dos avanços, a directora Regional da ONU advertiu para os riscos do declínio do financiamento internacional, apelando a um maior investimento interno.

“Angola enfrenta um grande desafio no financiamento da luta contra o VIH, sendo necessário aumentar os recursos do Orçamento Geral do Estado. O objectivo de erradicar o VIH até 2030 exige maior aposta na prevenção e no tratamento”.