O ministro das Relações Exteriores, Téte António, reiterou neste sábado (20 de Setembro), em Nova Iorque, a necessidade urgente de reformar o sistema das Nações Unidas, no âmbito da 80.ª Sessão da Assembleia Geral da organização.
Em declarações à imprensa, o chefe da diplomacia angolana sublinhou que as instituições de governação global, criadas nos anos 1940, já não refletem as realidades e os desafios do século XXI. Defendeu, por isso, a adaptação das estruturas da ONU para que a organização mantenha a sua relevância e eficácia para enfrentar problemas internacionais interligados.
Téte António destacou ainda o compromisso de Angola com as Nações Unidas, salientando o papel do país no continente africano e no cenário multilateral, nomeadamente no G77+China e na União Africana. Recordou que Angola tem utilizado a Assembleia Geral como plataforma para defender a equidade no comércio, o financiamento ao desenvolvimento e a transferência de tecnologia, bem como para se afirmar como voz dos países menos industrializados.
Na sua intervenção, o ministro frisou igualmente a importância da actuação angolana na promoção da paz, no respeito pelo direito internacional e na defesa dos direitos humanos.
Angola participa na 80.ª Assembleia Geral com uma agenda centrada na reforma da ONU, no combate à tripla crise planetária clima, biodiversidade e poluição, na erradicação da pobreza e das desigualdades e no financiamento para o desenvolvimento, com vista à aceleração da Agenda 2030.